Estamos em dezembro e, nas redes sociais, pipocam os memes reclamando de 2018. Mas eu mesma não posso reclamar; 2018 foi um bom ano para mim profissionalmente, apesar dos cortes orçamentários na Educação. Tampouco quero fazer previsões tenebrosas para 2019, pois iniciarei o ano colhendo frutos plantados anteriormente. Não nego meu medo dos retrocessos sociais, educacionais, intelectuais, culturais e outros ais que já se anunciam. Mas prefiro, neste momento, focalizar as vitórias e a gratidão por elas. Então, em 2018, teve:
- Fui revisora de 14 trabalhos científicos submetidos a congressos e periódicos internacionais e nacionais. Paralelamente, fiquei viciada em adicionar e verificar obsessivamente minhas revisões no Publons.
- Publiquei no Journal of Marketing Management um artigo discutindo os desafios da pesquisa sobre tabus, em coautoria com Gretchen Larsen, Maurice Patterson e Ouidade Sabri, a fim de encorajar a investigação de assuntos polêmicos e urgentes, que podem aumentar a visibilidade dos problemas sociais.
- Contribuí com um capítulo sobre consumo erótico feminino para o livro Cultura e Consumo no Brasil: Estado Atual e Novas Perspectivas, editado por Marcelo de Rezente Pinto e Georgiana Luna Batinga, da PUC-Minas.
- Apresentei no congresso Consumer Culture Theory e no Encontro de Marketing da ANPAD um artigo sobre a objetificação das consumidoras e a personificação dos produtos eróticos.
- Participei da galeria de arte do congresso Consumer Culture Theory com uma instalação intitulada Hysterical You, que convidava o observador a se colocar no lugar das mulheres que eram submetidas ao tratamento vibratório para histeria e que, hoje, ainda sofrem preconceito ao consumirem vibradores.
- Recebi a menção honrosa do Prêmio “Melhor Paper de Marketing Publicado em Periódicos Internacionais por Pesquisadores Brasileiros”, pelo artigo Next Stop: Pleasure Town, que escrevi em coautoria com John Schouten, publicado no Journal of Business Research.
- Dei minha primeira disciplina de mestrado, Métodos de Pesquisa Qualitativa para Estudos Culturais, para o Programa Interdisciplinar em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade, o que foi, ao mesmo tempo, extremamente trabalhoso e gratificante.
- Como aluna, assisti ao Seminário Canon of Classics na University of Southern Denmark. Muito aprendizado com pesquisadores incríveis, em uma experiência inesquecível.
E, para 2019, já estão no forno:
- Um capítulo muito didático sobre o uso da análise extremista, uma técnica de geração de teoria a partir de dados de campo adaptada por mim de Miller (Stuff, 2010), que sairá no Handbook of Research on Gender and Marketing, editado por Susan Dobscha.
- Um capítulo para o vigésimo volume do livro Research on Consumer Behavior: Consumer Culture Theory, editado por Dannie Kjeldgaard, Domen Bajde e Russell Belk.
Realmente, não posso reclamar!